Quando eu era apenas uma criança,
lá no interior da minha eu tinha sonho inalcançáveis, pelo menos para uma
criança.
Recebi tantas críticas por querer
ser livre, fui oprimida, obrigada a ser quem eu não era, pois numa cidade onde
tudo tem seus rumos pré-definidos eu era a garota que queria estar nas ruas até
altas horas da manhã, eu era a menina que usava sainha, eu era a moleca que
queria abraçar o mundo mais não conseguia, queria estar em todos os lugares,
com todos e sempre fazendo loucuras.
Passaram se os anos, hoje mais “madura”
ainda quero ser aquela menina que não media as consequências e que se fosse
preciso tomava uma surra todas as noites apenas para viver livre, peços
desculpas ao meu pai pela dor de cabeça, mais ficar acordada pra ver o sol
nascer, apenas por admirar a grandeza de um astro da natureza não tem seu
preço, hoje infelizmente não tenho mais tempo pra isso. Mais aquela menina
cheia de sonhos e vontades ainda reina, mais está adormecida apenas aguardando
o lugar, a hora e a pessoa certa pra acordar assim como uma leoa faminta.
Apenas pra poder ter um instante sequer
a minha liberdade que foi roubada, liberdade essa que machucava os outros e que
teve que ser contida.
Mas, como disse num outro texto,
nada é por acaso, tudo tem um propósito e Deus sabe o que faz e com quem faz.
Abraços,
Jéssica.